quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tango

Foi num teatro não muito longe daqui. Estacionamos o carro na rua e então nos deparamos com a nova empresa dos flanelinhas : Organizados, com os usuais coletes cor de laranja, eles agora dão a nota e cobram cinco reais!
Fileira G, cadeira 14, lá estava eu esperando pra ver o tango. Antes do tango teria a abertura do evento, depois um pequeno discurso do subprefeito, balé, sapateado, dança do ventre. Depois do tango teria mais sapateado, uma contadora de histórias e a apresentação de uma orquestra sinfônica.
No balé, via-se o esforço das crianças. Seu cabelos cuidadosamente arranjados em coques. As fantasias coloridas.O esforço em buscar uma sincronia. Umas mais sorridentes , outras nem tanto.
Os pais e amigos, orgulhosos com suas câmeras de última geração registrando tudo para ver mais tarde.
De todas as apresentações a surpresa maior foi o sapateado : Senhoras. Senhoras de sessenta, setenta, oitenta e por que não noventa anos ( algumas tinham as as cabeças cobertas de cabelos brancos) sapateando em suas roupas brilhantes. Sorrindo. Divertindo-se.
Mais do que sapatearem para nós, da platéia, elas sapateavam por si mesmas.
Imagino o orgulho da professora. Das professoras, porque as apresentações de tango e de flamenco também tinham a maioria de dançarinos composta daqueles que já passaram dos cinquenta. E foram os mais aplaudidos!
Meus aplausos foram pra todos eles, em especial para os professores, que me causaram tamanha admiração por um trabalho tão bonito.
E no fim, veio a música. Senti vontade de tocar piano, e todos os instrumentos de corda. As pessoas não se animaram tanto quanto eu, a senhora que até agora não sei o nome quis ir embora, disse que estava chato.

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