sábado, 31 de janeiro de 2009

Pôr-do-sol

Uma vez, há uns dois ou três anos, me perguntaram se eu gostava mais do nascer ou do pôr do sol. Eu não soube responder. Finalmente encontrei a resposta: eu gosto mais é do pôr-do-sol. Talvez seja a minha hora preferida do dia*,quando todas aquelas cores aparecem , quando a noite vai chegando e estrelas e a lua tornam-se visíveis.
É uma hora em que gosto de estar em silêncio. A paz tem a cor do pôr-do-sol.

Vem a Noite e diz :
-Está tudo bem. Eu estou aqui.

*Preferidas mesmo seriam as horas da madrugada...Mas não as tenho mais.

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Nota

O Sol se põe
chega ao Lá
na quinta casa da primeira rua

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

As aspas

As aspas que cercam as letras tal como dois guardas são as que as põe em liberdade. Dá-me duas aspas e sou livre para escrever o que eu quiser. Livre, inclusive, para escrever palavras que não são minhas. Palavras que não existem. Palavras que só estão ali por falta de uma melhor pra por no lugar.
Tão úteis que ganharam um gesto para representá-las, na falta do papel e da tinta.
Aspas, aspas , aspas.

"Mas a verdade, a verdade verdadeira que eu falar não posso, aquilo que representa o real desejo do meu coração, seria abrir os braços para o mundo, olhar para ele bem de frente e lhe dizer na cara: Te dana!"

Rachel de Queiroz

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Se os pensamentos pesassem...

Provavelmente o meu pescoço já teria se quebrado diante do peso de minha cabeça. Algumas pessoas andariam sempre com a cabeça a mirar o chão...Mas não é isso o que acontece quando os pensamentos perturbam? O chão não parece muito mais interessante do que o horizonte? Na verdade...Não é questão de ser ou parecer muito mais interessante ou não...não existe a escolha. Olhamos para o chão. E pronto. Será que os pensamentos pesam?É o peso deles que nos volta os olhos para baixo?

Olhar para o céu nesses casos é uma tentativa desesperada de fazer com que o pescoço não se quebre? Pescoços se quebram se forçados para baixo?

Acho que me perdi...

Num livro que não achei tão bom eu li : “Como se achar sem nunca se perder?” ( ou algo do tipo rs) . O livro pode não ser bom, mas essa frase é...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Trem

Acordo às seis e meia da manhã e entro no trem quando faltam quinze para às oito. Achei que fosse estar mais vazio...Foi um choque ver toda aquela gente, um choque que desfez a ilusão de ter um banco pra sentar e uma janela pra encostar a cabeça...quem sabe um livro, quando a paisagem ficasse uniformemente chata, mesmo achando que de uma maneira ou de outra sempre tem algo de interessante numa janela em movimento.

Na minha visão romântica do trem ele está sempre vazio, o estofado é xadrez e não existe aquela voz que intitula as paradas...Uma tolice! Como são todas as minhas visões românticas...

Algumas pessoas não têm noção do espaço que ocupam. O ser de blusa cinza não tinha.

O que eu não gosto no trem (e no metrô) é precisamente a disposição dos assentos.No trem ainda é menos pior porque se têm janelas com uma vista mais interessante do que uma parede de concreto (algumas linhas de metrô também tem, é verdade...), mas no metrô (nessas linhas não-privilegiadas) é extremamente chato. Não se têm para onde olhar.Olhar para frente é correr o risco de encarar alguém. Eu normalmente escolho a parede de concreto. Tenho consciência de que é uma disposição funcional...

Mas não são só infortúnios...Andar de trem tem o seu lado bom...Velocidade constante (baixa, mas constante),ausência de trânsito e segurança...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Imaginação

Para mim o garfo sempre foi ela
E a faca sempre ele
Não me importa o que digam os artigos que os precedem

domingo, 18 de janeiro de 2009

Entre a estrela e a cruz

Fui ao cemitério. Há tempos eu queria ir lá, mas vinha adiando. Costumava ser um lugar onde eu encontrava uma certa paz;não deixou de ser...Só não é mais a mesma coisa. Eu me lembrei de quando voltava para casa por dentro do cemitério pra cortar caminho, de como era bom andar naquele lugar silencioso e cheio de árvores e não me preocupar com carros quando atravessava de uma guia à outra.
Hoje enquanto eu andava ia olhando para as placas, para os túmulos, para as fotografias e pensei em uma coisa que eu nunca tinha pensado antes: daqui a alguns anos vou ser um nome em uma placa. Uma placa sem fotografia...Já avisei que não quero foto.
Um nome em uma placa. O meu nome.
Serei só isso. Um nome entre tantos outros. Deixarei de ser quem sou para tornar-me um nome. Não, não só um nome...Um nome e duas datas. Uma estrela e uma cruz.
Pergunto-me se nesse caminho da estrela até a cruz já não é isso que tem acontecido.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Divagações no escuro

Acabou a luz. Somos uma ilha de escuridão cercada de luzes por todos os lados. Dá uma certa inveja...Logo ali na outra rua as pessoas tem o privilégio de um banho quente, de ver as notícias na TV...
A nós resta apenas o telefone. A mim restam 34 % de bateria e um violão. Quando foi que ficamos tão dependentes de eletricidade? Um fio caí ali e ficamos sem saber o que fazer. Meus pais dormem : meu pai no quarto, e minha mãe na sala.
Os carros se amontoam na avenida, e buzinam porque acham que um som estridente tem poderes mágicos.Um grito puro.
Tenho um certo costume de ficar no escuro. Dispenso a luz enquanto ando pela casa. Já aprendi o lugar dos objetos, conto os passos inconscientemente... O escuro não me incomoda, nem o silêncio ( interrompido só pelas buzinas).
Branco é a cor da paz? Nesse momento o preto está mais ligado à paz do que qualquer outra cor. Mudemos o símbolo da paz!Troquemos pombas por urubus! O preto, diz a simbologia das cores, significa morte, quando alguém morre...descansa em paz...É só ligar os pontos...
Voltou a luz. O branco. Os barulhos da eletricidade...

Sobre a Felicidade...

“I remember one morning getting up at dawn, there was such a sense of possibility. You know, that feeling? And I remember thinking to myself: So, this is the beginning of happiness. This is where it starts. And of course there will always be more. It never occurred to me it wasn't the beginning. It was happiness. It was the moment. Right then.”

Clarissa Vaughn – As Horas


A felicidade...A tão sonhada felicidade plena é uma ilusão semelhante à que temos quando de longe vemos uma imagem e não percebemos que na verdade é um mosaico.
A felicidade é cada uma daquelas pequenas peças. Não a imagem completa.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Madrugada, Filosofia e Cumpleaños

Sou o único ser acordado da casa. Gosto disso. Gosto do silêncio da madrugada, dos poucos carros na avenida e das ruas vazias iluminadas pelas lâmpadas amarelas. Eu me pergunto se a música não atrapalha o sono alheio... Não que realmente importe... Sinto-me egoísta por isso, mas tenho uma boa justificativa... Hoje, de tantos dias, preciso dela mais do que nunca. Talvez a parte do corpo que mais goste em mim sejam os meus ouvidos, pelo simples fato de funcionarem... Acho que foi Nietzsche quem disse que a vida sem música seria um erro. Se não foi ele foi algum outro filósofo que, como um bom filósofo, se preocupou muito mais com os questionamentos e as teorias do em que viver a própria vida. (Todas as teorias são aplicáveis nas vidas em que não vivemos!)
Se a Vida, essa com V maiúsculo,seria um erro, não sei, mas a minha vida, essa toda escrita com letras minúsculas, seria.
Hoje ganho um número diferente. Hoje ganho um número um depois do dois.Posso dizer que vivi mais do que duas décadas. Quando eu era criança eu não me imaginava dizendo frases que começassem com “Há dez anos”, “ Há quinze anos”....Tanto tempo!
Há onze anos eu ia ser veterinária, jogava handball, fazia natação,não via a hora de ter vinte...
Há onze anos tive um texto escolhido para entrar num livro que fizeram no colégio com textos de alunos sobre o descobrimento do Brasil e o aniversário do próprio colégio.Tarde de autógrafos.

Acontece...
A vida não existe fora do tempo...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A hospedeira e a viajante

Não estava escondida naquela nota musical, nem nas pinceladas do quadro expressionista pendurado na parede da sala. Não estava na cena mais dramática do filme nem naquelas memórias que vinham enquanto a assistia.
Não estava naqueles diálogos, nem na falta deles. Não estava.
Não estava no silêncio, na casa vazia nem no poema do dia anterior.
Por mais incrível que possa parecer, estava na maneira como sorria. Era um bom lugar...Quantos a veriam ali? Poucos... Pouquíssimos... Talvez ninguém.
E foi com ela escondida entre seus dentes que entregou seu bilhete, subiu no trem e foi à procura de uma cabine vazia.
Existe lugar mais incomum para que se esconda uma tristeza do que um sorriso? Normalmente elas escolhem os olhos, mas esta em questão gostava de ficar assim... Camuflada, quase imperceptível frente à desatenção dos seres humanos e a mania de generalização (que era apenas um modo de tentar fazer o mundo caber neles).
Para olhos desatentos um sorriso é sempre sinal de alegria... E nesse caso isso funcionava. Era desagradável quando lhe faziam perguntas demais e a colocavam numa situação que a obrigava tentar explicar o que nem ela entendia.
Tinha esperança que durante a viagem fosse capaz de mastigá-la e cuspi-la para fora. Já tinha tentado isso outras vezes, e sempre acabava dando certo... Bom... Por algum tempo dava certo, até que ela encontrasse o caminho de volta e se alojasse entre o canino e o incisivo lateral superior.
Não era uma dessas viagens de fuga em que se deixa tudo pra trás num impulso e se esquece de deixar um bilhete em cima da mesa da cozinha... Era uma viagem que tinha volta. Durava cerca de uma hora e meia... Ou melhor, durava cerca de três horas e quinze minutos: uma hora e meia de ida, um intervalo de quinze minutos e uma hora e meia de volta. Talvez mais... Se contarmos os minutos de caminhada entre sua casa e a estação. Arredondemos para três horas e trinta e cinco minutos. No momento em que punha os pés para fora do portão a viagem começava.
Era um alívio andar por aquelas ruas de casas tão desiguais. Seria capaz de escrever um livro ( se tivesse habilidade para tal) só sobre aquela rua: a calçada, as árvores, os cachorros que latiam entre as grades dos portões. Quando criança era por ali que sempre passava montada em sua bicicleta vermelha com tatuagens de ferrugem.
Fazendo a janela de travesseiro ia olhando as árvores correrem e à medida que o trem se aproximava da cidade vizinha ela ia se afastando do presente.Aquelas viagens sempre lembravam a infância, e era disso que precisava...Esse era o seu truque para espantar a hospedeira. É verdade que a alimentava ainda mais por algum tempo, mas era só para poder mastigá-la bem...
E por que não a cuspia de uma vez? Porque quebrá-la em várias pedaços a mantia longe por mais tempo.

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P.S.

Talvez não faça nenhum sentido.
Talvez tenha uma parte II.
Talvez seja excluída.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O sorriso eterno das caveiras

Quando chegamos ao mundo, choramos enquanto os outros sorriem... E quando morremos choram por nós ...enquanto sorrimos...
Despidos de vida sorrimos de certa forma... Só nos restam os ossos...As caveiras sempre sorriem...
Só na vida o sorriso é uma escolha.
E a desintegração da carne termina com um sorriso.
Escrevam em meu túmulo : “Em busca do sorriso eterno.”


Fim da linha...A viagem acabou aqui.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Água e Sabão

É frágil, eu sei. Mais frágil que uma bolha de sabão recém-nascida. É isso...É uma bolha de sabão...Bonita com todas aquelas cores, flutuando...Até que encontre qualquer coisa e se desfaça...Até que volte a ser só água e sabão.
E Então? E então nos perguntaremos para onde foram as cores...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Céu

Tenho o meu céu. A parte do céu que cabe nos limites da janela é minha e só minha. Só eu tenho essa visão.Essas estrelas que estão sempre no mesmo lugar são minhas ouvintes.Conheço-as e digo “oi” quando as cores do céu permitem que eu as veja. E nesse meu céu a Lua só aparece cheia. A única moeda que compra meu sorriso.

Mas foi num pedaço de céu que não me pertence que vi uma pipa branca.Vi a sua dança desengonçada, e pensei em liberdade. Em questão de segundos percebi como a analogia estava errada. Uma pipa não é livre, nunca. Ela não escolhe pra onde vai, vai para onde a linha a puxa, e a linha é puxada por mãos infantis. Ok, nem sempre...Mas de qualquer forma, por mãos.

Pássaros. Esses sim me transmitem a sensação de liberdade enquanto planam com as suas asas abertas. Não é à toa que asas estão sempre ligadas à idéia de liberdade.

Então me perguntei : Você é uma pipa ou um pássaro?

A resposta não demorou a vir. Sou uma pipa. Uma pipa que sonha em ser um pássaro.Talvez já criando asas...Porque às vezes saio da linha =)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Foco no infinito

Eu achei que pra esperar bastava o dom da paciência, mas exige muito mais do que isso. Na espera é como se o resto do mundo se afastasse de nós (ou nós é que nos afastamos dele indo para o canto de nós mesmos?)... Estamos sozinhos enquanto esperamos, completamente sozinhos. Entre as pessoas que passam não há nenhum rosto conhecido, nada parece familiar e é como se todas as pessoas nos observassem, no breve momento que duram seus passos em nossos campos de visão. Não...Somos nós, com nossos olhos aflitos que olhamos para todo mundo, até que eles se cansem e se mantenham fixos em um ponto qualquer. Focando o infinito.
Nós? Ou Eu?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

No teatro

-Eu me recuso a ficar aqui. Deve haver mais do que isso. Tem de haver e ser mais do que isso. Tenho a impressão de que as cortinas não foram completamente abertas para nós, não querem que vejamos tudo, acham que não somos capazes de suportar.

-Seríamos? Seriamos capazes de suportar uma visão mais abrangente?De saber muito mais do que o necessário?Carregaríamos conosco o segredo da existência, tão entranhado em nós que não nos damos conta. Re-aprenderíamos a sorrir, mas desta vez pelos motivos certos.

-Existem motivos errados para sorrir?Recuso-me a sorrir pelos motivos errados!

-Somos os únicos a sorrir voluntária e involuntariamente. Respondemos perguntas com um mostrar de dentes porque não estamos certos do que dizer.Mostramos os dentes em sinal de alegria e de vazio.Existem dois tipos de sorrisos: Os que nos dão tempo para pensar e os que nos fazem parar de pensar por algum tempo.

Ouve-se uma voz carregada de ansiedade:

-Ahh Calem a boca! Vai Começar!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Água

Desde que amanheceu, sabia que naquele dia choveria. Olhava para céu e podia prever o asfalto brilhante, as gotas de água no vidro da janela e pessoas protegendo-se como se fossem feitas de papel. Quando veio a chuva não fez questão de proteger o chão, os móveis e os objetos em cima da mesa. De todos , aqueles eram os objetos que mais gostava porque não eram feitos apenas de matéria, mas também de história.

Seus olhos transformaram-se em nuvens. E choveram.

Ar

As pálpebras fecharam e esconderam-lhe o mundo dos olhos. Sentiu o vento brincando com seus cabelos. Naqueles instantes não pensou. Tudo era vento. Abriu os braços enquanto um sorriso ia tomando forma.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Carpe Diem?

Tenho deixado muitas coisas para fazer amanhã. Para pensar em fazer amanhã. O presente não tem sido aproveitado, tenho noção disso. Ás vezes me pego fazendo umas inutilidades, perdendo tempo, desperdiçando as chances. O hoje só tem me servido para programar o dia seguinte. Tudo bem se parasse por aí...Se eu me programasse e no dia seguinte fizesse o que me propus a fazer, mas o problema é que logo quando abro os olhos desisto de tudo. Deixo para o próximo dia...E assim vou empurrando...E acumulando...
E eu realmente não entendo quando dizem que devemos viver ao máximo...Como se fosse o nosso último dia de vida. As pessoas dizem coisas absurdas quando questionadas o que fariam se fosse este o último dia.
No último dia não existem comprometimentos. No último dia não existem responsabilidades. Arrependimentos?Não no último dia...E se for daqueles que aparecem logo depois de ter-se dito o que não devia não tem muita importância, já que não vai durar muito tempo...
De qualquer maneira, o tão sonhado “último dia”, dia em que pode tudo, parece ser muito mais um dia de ações do que um dia de palavras...Chamo de “tão sonhado” porque só nos sonhos mesmo saberemos exatamente o dia em que vamos parar de respirar...
Mas acho engraçado quando alguém diz, ou quando eu mesma digo algo do tipo “Não posso morrer sem fazer tal coisa”. Como se existisse um além, e lá nesse além as pessoas ficassem lamentando o que não fizeram em vida...Seria mais interessante dizer “Não posso viver sem fazer tal coisa”, pois é aqui, neste lugar chamado vida que lamentamos tudo o que não fizemos...

E eu sei que é inútil pensar e escrever tudo isso. Mas não tomo jeito...

sábado, 3 de janeiro de 2009

...E Benfeito Pra Nós...

Venho pela defesa dos que aprenderam a colocar os acentos nos seus devidos lugares. Pela defesa dos que tiraram uma tarde inteira para aprender o emprego do hífen e se esforçaram para não se esquecer de colocar trema na conseqüência e no pingüim.
Tremo ao ler “benfeito”.O editor de texto coloca sua tinta vermelha embaixo da palavra pra me dizer que escrevi errado. Eu ignoro... Coitado... Ainda não ficou sabendo do ocorrido...
De repente não sei mais escrever!Não que eu não cometesse erros, mas agora se tornou impossível escrever um texto sem ter muitas dúvidas. Aliás... Dúvida ainda tem acento?Aliás ainda tem acento?
Pêra eu sei que não tem mais...Heróico também não tem mais...
Foi um grande presente para as pessoas que têm (ah...eu gostava tanto dos acentos diferenciais...)dificuldades com acentos, e vamos ter que nos acostumar a não torcer o nariz ao ler “idea”,”assembleia” e “paraquedas”.
Daqui a vinte anos a nossa falta de atenção colocará, automaticamente, um risquinho desses ´ em cima do “e” e então, estará desvendada a nossa verdadeira idade! ( Não pretendo mentir a idade, mas foi algo que me ocorreu...)
Ah sim...Eu ouvi dizer que estão envolvidas também questões econômicas nesse tal acordo ortográfico...Quanta tinta de caneta economizaremos ao longo dos anos deixando de acentuar e hifenizar as palavras!
Haha...Just kidding...

Você também sente que não sabe mais escrever? Benfeito pra nós!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Ano Novo!

- Novo mesmo? Ou disfarçado de novo?
-Pintaram com cores alegres o ano antigo!Enganaram a todos nós!
-Como sabe?
- Não vê as várias camadas de tinta por debaixo dessa? Ali no cantinho ó! Esqueceram de pintar aquele canto!
-Ah... Aquele canto... Tinta nenhuma pega ali!
-Por que fazem isso?
-Acham deprimente o desbotado... Em doze meses a tinta desbota, então é preciso pintar novamente...