terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Trem

Acordo às seis e meia da manhã e entro no trem quando faltam quinze para às oito. Achei que fosse estar mais vazio...Foi um choque ver toda aquela gente, um choque que desfez a ilusão de ter um banco pra sentar e uma janela pra encostar a cabeça...quem sabe um livro, quando a paisagem ficasse uniformemente chata, mesmo achando que de uma maneira ou de outra sempre tem algo de interessante numa janela em movimento.

Na minha visão romântica do trem ele está sempre vazio, o estofado é xadrez e não existe aquela voz que intitula as paradas...Uma tolice! Como são todas as minhas visões românticas...

Algumas pessoas não têm noção do espaço que ocupam. O ser de blusa cinza não tinha.

O que eu não gosto no trem (e no metrô) é precisamente a disposição dos assentos.No trem ainda é menos pior porque se têm janelas com uma vista mais interessante do que uma parede de concreto (algumas linhas de metrô também tem, é verdade...), mas no metrô (nessas linhas não-privilegiadas) é extremamente chato. Não se têm para onde olhar.Olhar para frente é correr o risco de encarar alguém. Eu normalmente escolho a parede de concreto. Tenho consciência de que é uma disposição funcional...

Mas não são só infortúnios...Andar de trem tem o seu lado bom...Velocidade constante (baixa, mas constante),ausência de trânsito e segurança...

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