quarta-feira, 15 de outubro de 2008

tic tac tic tac...o tempo não pára...

É...o tempo não pára, mas às vezes parece que eu parei nele. Como se depois de dormir muito eu acordasse com aquela sensação de não saber onde estou, e de não me lembrar onde estive. Às vezes sinto que passei anos dormindo, mas mesmo quando sinto isso ainda estou, de certa forma, dormindo. Percebo as mudanças, vejo as mudanças ao meu redor e elas me dizem que ele passou, que está passando, e que nunca pára.
Há uma voz que me acorda às vezes, ou passa perto disso. É minha própria voz, quando responde a clássica “Quantos anos você tem?”. Ela responde firme: “Vinte!”, e aí começo a ouvir as reflexões da voz não audível que se espanta com a resposta. E o seu espanto abre as gavetas em que guardei as coisas todas do passado, e então pego a pasta intitulada “previsões”. Em uma das abas vejo tudo aquilo que achei que fosse ser quando era criança e na outra vejo um espelho. Não sou nada do achei que fosse ser.

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