domingo, 26 de outubro de 2008

pois é...

Eu tinha o carro, a chave nas mãos, uma música legal tocando no rádio e vontade de sumir.Considerei a possibilidade. Sair dali, fugir, sentir o coração batendo acelerado, e uma sensação de liberdade, de ser dona dos meus atos, viver toda a inconsequência de uma época que já passou. Imaginei eles chegando e se dando conta de que o carro não estava mais ali. Provavelmente, muito provavelmente pensariam que tivesse sido roubado...Mas não por mim...Não..."Ela nunca faria uma coisa dessas"...
E não fiz. O meu senso de responsabilidade, ou seja o lá o nome que se dê a isso, não deixou. Ele me prendeu no banco traseiro onde eu estava , e fiquei ali, ouvindo a música. Depois o lugar me trouxe lembranças de outros tempos, quando eu não possuía essa pequena parte da decisão sobre o futuro da cidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

“No luto, é o mundo que se torna pobre e vazio; na melancolia, é o próprio ego.” (Freud, 1917).