quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Fico.

Não vou pelas paredes plásticas, pelas mesas vazias e pelo computador que não funciona. Não vou pela janela da porta, pelo desequilíbrio entre as prateleiras, pelo chão mar impressionista e pelo barulho de passos e conversas no corredor.
Não vou pelo teto de isopor.Pelas cadeiras azuis, por todos os rabiscos que eu faria na folha vazia.
Pode ser...
Mas não vou mesmo é pelo silêncio e por todos os pensamentos que ele abriga. Eu poderia ouvir música, mas mesmo assim o silêncio estaria lá, na inércia de tudo ao redor.Estaria nas paredes, nas mesas, nas prateleiras, nas cadeiras no chão e no teto.
Nos rabisco não. Os rabiscos seriam um grito.
Mas é que hoje acordei rouca.


“...Diga ao povo que fico.”

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